Anos 2010

Legenda

“Em 2011, o enredo da escola foi “Salgueiro apresenta: O Rio no Cinema”, homenagem a uma das cidades onde mais se grava filmes no país. Acima o carro que representa os cabarés da Lapa, cenário histórias como Madame Satã e Ópera do Malandro”.

O ano de 2010 começou com o Salgueiro em alto astral. Com a moral em alta devido ao campeonato do ano anterior, a escola viveu momentos de grande alegria. Para tentar o bicampeonato, Renato Lage, Márcia Lage e a Diretoria Cultural desenvolveram o enredo “Histórias Sem Fim”, sobre as grandes narrativas imortalizadas nos livros, desde Gutemberg, passeando pelos diversos gêneros literários. Mas o desfile não foi dos mais felizes. A escola optou por um samba muito aquém para uma escola que tentava conquistar o campeonato. Na pista, o Salgueiro teve problemas de evolução no final do desfile, que não empolgou. A agremiação teve que se contentar com a quinta colocação.

Em 2011, a história seria diferente. Com o enredo “Salgueiro Apresenta: o Rio no Cinema”, mais uma parceria entre os carnavalescos e a Diretoria Cultural da escola, o Salgueiro se propôs a desenvolver um roteiro alegre baseado nos filmes que tiveram o Rio de Janeiro como cenário. Numa visão surrealista, até o King Kong foi parar na torre da Central do Brasil. Com um belo samba e uma comunidade empolgada, a escola veio para brigar. Mas o gigantismo das alegorias derrubou o Salgueiro. Com problemas na entrada da avenida e na retirada dos carros na dispersão, a agremiação estourou o tempo máximo em dez minutos e perdeu um ponto na apuração. Apesar dos contratempos, o Salgueiro ainda voltou na quinta posição no sábado das campeãs, tamanha a qualidade do visual criado pelos carnavalescos, além das muitas surpresas, entre elas, a comissão de frente, em que baleiros buscavam alcançar a fama na porta de um cinema imaginário.

Com o gostinho de que poderia chegar lá, Renato e Márcia Lage desenvolveram para o carnaval 2012 o “Cordel Branco e Encarnado”, sobre o mágico universo da literatura de cordel. Um enredo rico que gerou um samba “arretado” e valente. Na avenida, a escola foi praticamente perfeita, a não ser por problemas pontuais com a entrada de duas alegorias, o que foi suficiente para a perda do título. Com notas máximas em enredo, o Salgueiro comemorou o vice-campeonato e mais uma vez mostrou que poderia chegar lá.

Para 2013, ano em que o Salgueiro celebrou seus sessenta anos, a escola apostou no enredo “Fama”, de Renato e Márcia Lage. Os carnavalescos elaboraram um visual leve e de muito bom gosto para contar as glórias e os percalços da busca pelo estrelato. Mais uma vez a escola contou com um samba muito alegre, que serviu bem ao desfile. O Salgueiro foi a segunda escola de domingo e, mesmo com uma posição não tão favorável, deslizou na avenida sem qualquer problema técnico. A bateria de Mestre Marcão foi um show a parte e as baianas flutuaram na avenida. Destaque também para a comissão de frente, comandada por Hélio Bejani, que conquistou o Estandarte de Ouro, juntamente com o enredo. Na quarta-feira de cinzas os envelopes reservaram a quinta colocação. E pelo sexto ano seguido, a vermelha e branca se apresentaria no sábado das campeãs. Carnavais competitivos, aliás, são uma marca da administração da presidente Regina Celi.

Para o carnaval de 2014, o Salgueiro cantará a visão da Terra e dos quatro elementos sob o ponto de vista de antigas civilizações. E de quebra lança um alerta pela preservação do planeta, por meio de uma relação mais racional entre o homem e a natureza. Com um enredo forte, toda a comunidade salgueirense vive um momento de grande expectativa em relação ao desfile. A escola será a quinta a se apresentar no domingo de carnaval. Que Gaia abençoe a vermelha e branca tijucana nessa caminhada rumo ao décimo título da sua história.

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