Anos 80

UMA DÉCADA DIFÍCIL PARA O SALGUEIRO

Legenda

Comissão de frente formada por artistas em 1983, no enredo “Traços e Troças”. Entre elas, estava a atriz Suzana Vieira.

Os anos 80 não foram dos melhores para os Acadêmicos do Salgueiro. Passando por várias crises financeiras, a escola não tinha praticamente nada e contou basicamente com uma qualidade que jamais faltou à escola: a força e a garra de seus componentes, diretores e torcedores.

O enredo de 1980 – No Bailar dos Ventos, Relampejou, mas não Choveu – parece ter sido premonitório para os anos que se seguiram. Ainda assim, durante os anos 80, mesmo com muitas dificuldades, foram vários os momentos de brilho em alguns desfiles em que o grito de “já ganhou” ecoou nas arquibancadas. Mas sempre faltava um detalhe. Sempre relampejava. Mas não chovia.

Nesse período, dois momentos pareceram perfeitos para mais um campeonato, mas as expectativas não foram correspondidas na hora do desfile e nem na abertura dos envelopes. Em 1983, um ótimo enredo, Traços e Troças, sobre a história da caricatura no Brasil, foi mal executado e levou a escola ao oitavo lugar, pior colocação desde sua fundação. Na inauguração da Passarela do Samba, em 1984, o ótimo samba Skindô, Skindô – “Oiá, oiá, água de cheiro pra ioiô …” – estava na boca do povo, mas o Salgueiro novamente não conseguiu reviver seus ótimos momentos na avenida e fez um desfile morno, longe dos melhores carnavais da escola.

A recuperação da escola pareceu vir já no final da década, quando a escola fez desfiles belíssimos, com os enredos de 1988, Em Busca do Ouro, 1989, Templo Negro em Tempo de Consciência Negra, e em 1990, com Sou Amigo do Rei, quando alcançou o terceiro lugar. A cada ano que passava, o Salgueiro mostrava que estava vivo e que a década de 90 prometia.

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